O Mate de Blackburne (Xeques Mates Famosos)

Joseph Henry Blackburne (1841-1924) foi um dos melhores enxadristas ingleses do final do século XIX e considerado durante aquela época como um dos melhores jogadores de xadrez do mundo. Apesar de seu estilo agressivo e espetacular, ele “movia-se como um peixe na água” nos finais de partida e foi um grande inovador nas aberturas.

O xeque mate de Blackburne caracteriza-se pela abertura de uma diagonal para atacar o roque do adversário.

A partida que serve de base para mostrar o MATE DE BLACKBURNE, trata-se da partida que deu o nome a este tipo de xeque mate e foi jogada entre um jogador amador contra o próprio Blackburne. 

NN x Joseph Henry Blackburne, Inglaterra 1880:

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bc4 Bc5 4.Bxf7+ Rxf7 5.Cxe5+ Cxe5 6.Dh5+ g6 7.Dxe5 d6 8.Dxh8 Dh4 9.O-O Cf6 10.c3 Cg4 11.h3 Bxf2+ 12.Rh1 Bf5! (as negras colocam o Bispo no jogo atacando a Dama branca com a Torre posicionada em “a8”. O objetivo deste “sacrifício” de Torre é, futuramente, ocupar a diagonal a8/h1 com este Bispo. As brancas não enxergam a combinação que virá a seguir e capturam a Torre 13.Dxa8

13... Dxh3+!! (um belo sacrifício de Dama para abrir a diagonal temática do xeque mate de Blackburne) 14.gxh3 Bxe4 (e temos o xeque mate de Blackburne!). Nota a posição final da partida é a do primeiro diagrama deste artigo.

A seguir outra partida exemplo deste mate, mas neste caso o Bispo de casas negras foi o executor do mate. A partida foi jogada Flohr x Pitschak em Blin, 1930:

1.d4 Cf6 2.Cf3 e6 3.Cbd2 c5 4.e3 b6 5.Bd3 Bb7 6.O-O Be7 7.c4 O-O 8.b3 d5 9.Dc2 Cc6 10.a3 cxd4 11.cxd5 Dxd5 12.exd4 Cxd4 13.Db1 Tfd8 14.Ce1 Dh5 15.Bb2 Bd6 16.g3 Cg4 17.h4 (chegando-se à posição do diagrama abaixo):

Pitschak jogou 17...Dxh4!! e Flohr abandonou, pois não tinha como evitar o xeque mate após 18.gxh4 Bh2 (e temos o xeque mate de Blackburne).

E por ultimo uma partida jogada por Siegbert Tarrasch contra um Amador, em Munique no ano de 1932:

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 a6 4.Ba4 Cf6 5.O-O Bc5 6.Cxe5 Cxe4 7.Cxc6 bxc6 8.Df3 Dh4 9.Cc3 Cxc3 10.Bxc6 dxc6 11.Dxc6+ Bd7 12.Dxa8+ Re7 13.Dxh8 Ce2+ 14.Rh1 Bxf2 15.h3 e chegamos à posição do diagrama abaixo:

Tarrasch sacrificou uma grande quantidade de material para poder executar o famoso mate objeto deste artigo:. A partida seguiu: 15...Dxh3+! 16.gxh3 Bc6+ 17.Rh2 Bg3 (e temos o xeque mate de Blackburne).

by José Luis Pérez

O Mate de Damiano (Xeques Mates Famosos)

O xeque mate que veremos hoje caracteriza-se pela posição avançada de um peão branco situado na casa “g6”, ou de um peão negro situado na casa “g3” e é conhecido como o MATE DE DAMIANO.

Fica claro que a aparição de um peão inimigo “dentro do nosso roque” é preocupante, pois pode causar numerosas situações de mate. Entre outras coisas, o dito peão corta as casas de fuga do rei negro por meio das casas “f7” e “h7” (ou “f2” e “h2” no caso do rei das brancas) e, também, serve de apoio para que peças de maior potencial ocupe as casas mencionadas.

O português Pedro Damiano (?-1544) foi um enxadrista e teórico que viveu no século XVI e escreveu o primeiro Tratado importante de xadrez editado no idioma italiano, no ano de 1512. Neste tratado ele ensinava a jogar o xadrez e apresentou 72 problemas de xadrez, ainda que a maioria da obra fosse uma cópia da obra de Lucena e este, por sua vez, fosse uma cópia de manuscritos anteriores. O xeque mate que veremos a seguir recebeu o seu nome, pois até prova em contrario, Damiano foi o primeiro a descrevê-lo.

No diagrama abaixo podemos ver o duplo papel do peão posicionado na casa “g6”: a) serve de apoio para a sua Dama no ataque ao Rei adversário e b) impede a fuga do Rei adversário pelas casas “f7” e “h7”. Não podemos afirmar que este tipo de posição aparece com freqüência nas partidas de xadrez, mas é certo que nas aberturas do peão do rei e defesas sicilianas em que os jogadores atacam de forma violenta e geralmente com roques opostos, é possível encontrar esta combinação.

Na posição acima, a execução do xeque mate é muito simples: 1.Dh4+ Rg8 2.Dh7++ (e temos o xeque mate de Damiano).

Já no diagrama abaixo podemos observar outro exemplo, este já mais complicado, também proposto por Damiano. A combinação que permite às brancas chegar à vitória é muito bonita. Qual a sequencia vencedora?

A resposta ao desafio de Damiano exige a entrega das duas Torres brancas para que a Dama consiga o xeque mate: 1.Th8+!! Rxh8 2.Th1+ Rg8 3.Th8+! Rxh8 4.Dh1+ Rg8 5.Dh7 (e temos o xeque mate de Damiano!)

Uma variação deste xeque mate é aquela em que o peão incrustado no roque adversário é substituído por um Bispo. O diagrama abaixo mostra uma posição em que o roque das negras está enfraquecido e perguntamos:

como as brancas podem dar xeque mate nas negras?

Resposta: 1.Ah7+ Rh8 2.Ag6+ (este movimento do Bispo permite que a Torre branca entre na luta direta contra o Rei adversário e, ao mesmo tempo, faz com que o Bispo execute as funções de um peão posicionado na casa “g6” – impedindo que a Dama negra possa defender o seu Rei colocando-se na casa “h6”) 2...Rg8 3.Th8+!! (as negras usam o tema da atração para trazer o Rei negro de volta ao perigo) 3...Rxh8 e agora a Dama das brancas entra para decidir a partida com 4.Dh5+ Rg8 5.Dh7 (e temos o xeque mate de Damiano!)

O Jogo da Ópera (Partidas Famosas)

Paul Charles Morphy (New Orleans, EUA, 22/06/1837 — 10/07/1884) foi um famoso enxadrista estadunidense do século XIX e incontestavelmente o melhor jogador de sua época. Morphy é chamado de "o gênio efêmero" em razão da sua curta carreira dominou totalmente o xadrez na metade do século 19 com ataques e sacrifícios inspirados. Mas o que realmente permitiu a Morphy jogar, durante muitos anos, com um estilo que à frente de sua época foi a sua compreensão dos princípios básicos da teoria de aberturas.

A ideologia do xadrez de Paul Morphy foi contundente no que diz respeito aos primeiros 10 a 15 lances da partida: estabelecer o controle do centro com um jogo de peças muito ativo criando a maior pressão e ameaças possíveis. O estilo super agressivo de Morphy criando iniciativas perigosas já na abertura levava a sacrifícios e ataques devastadores o que lhe permitiu ganhar muitas partidas rapidamente devido a pressão constante desde o primeiro lance. 

A partida que veremos a seguir foi jogada em 1858 em uma casa de ópera em Paris, entre o mestre de xadrez americano Paul Morphy e dois fortes jogadores amadores, o nobre alemão Charles II, Duque de Brunswick e o aristocrata francês Conde Isouard, está entre os jogos de xadrez mais famosos de todos os tempo. Charles II e Isouard podiam conversar, trocar ideias e decidirem juntos o lance a ser executado no tabuleiro. Esta partida é frequentemente usada por instrutores de xadrez para demonstrar a importância do rápido desenvolvimento das próprias peças, o valor dos sacrifícios em combinações e outras lições.

Um Desenvolvimento Rápido das Peças + Ameaças Consistentes/Pressão = um Forte Ataque

Paul Morphy vs Charles II + Isouard [Italian Opera House - Paris 1858]

1.e4 e5 2.Cf3 (desenvolve o Cavalo em direção ao centro do tabuleiro e, ao mesmo tempo, ataca a casa e5)

2...d6 (esta defesa é muito passiva, melhor seria as negras jogarem mais ativamente, por exemplo, com 2...Cc6 ou 2...Cf6) 

3.d4 (as brancas exploram o centro e aplicam mais pressão sobre a casa e5)

3...Ag4?! 

As negras procuram jogar ativamente e cravam o Cavalo do rei das brancas, mais seguro seria 3...Cd7.

4.dxe5 (as brancas obrigam as negras a fazer algumas trocas) 

4...Axf3 este lance dá às brancas o par de Bispos e, principalmente, algumas jogadas extras mediante o desenvolvimento da Dama até a casa f3)

5.Dxf3 dxe5 6.Ac4

As brancas colocam o Bispo no jogo de uma maneira ativa - ameaçando o xeque mate em f7.

6...Cf6?! (este lance permite às brancas apoderarem-se de uma iniciativa perigosa - agora as negras precisam ter muito cuidado)

7.Db3!

Morphy joga com precisão e cria um ataque duplo nas casas f7 e b7.

7...De7 (é o unico lance para defender a casa f7. Esse lance (7...De7) é melhor do que 7...Dd7, pois se as brancas jogam 8.Dxb7, as negras podem trocar as Damas e reduzir a pressão jogando 8...Db4+!)

8. Cc3 (Morphy, ao invés de capturar o peão de b7, prefere desenvolver mais uma peça e fortalecer a sua iniciativa. Além disso, agora as brancas ameaçam ganhar a Torre negra de "a8" jogando Dxb7, pois agora as negras já não têm o xeque com ...Db4)

8...c6 (com este lance as negras defendem o peão de b7 e também protegem as casas d5 e b5)

9.Ag5

As brancas continuam desenvolvendo as suas peças e aumentando a pressão na incomoda posição das negras sobre o tabuleiro. Debido a agressão de Morphy, as negras são incapazes de desenvolver de forma natural e conseguir uma cordenação de suas peças.

9...b5!? (em uma posição dificil, as negras tratam de ganhar espaço e empurrar as peças brancas para trás)

10.Cxb5!!

Morphy se nega a retirar-se com 10.Ad3 e permitir que as negras obtenham contrajogo com 10...Cd7 seguido de ...Cc5. Ao sacrificar o Cavalo em b5, Morphy imediatamente ganha 2 peões e um ataque muito perigoso explorando a imensa vantagem de desenvolvimento das brancas.

10...cxb5 11.Axb5+ Cbd7 12.0-0-0!

Morphy leva a cabo o ataque com perfeição, sem problemas e ainda traz uma das Torres para aumentar ainda mais a pressão sobre o Rei negro.

12...Td8 13.Txd7! (Morphy parte decisivamente para o ataque e faz o sacrificio para trazer para o jogo a peça que faltava - a torre de h1 – o mais rapidamente possivel, não dando tempo das negras reagirem)

13...Txd7 14.Td1 De6

As negras pretendem trocar as Damas, desembaraçar suas peças e fazer o roque - trazendo a Torre de h8 para o jogo. Mas as brancas não permitem nada disso.

15.Axd7+! Cxd7 16.Db8+!

Este sacrificio clássico rompe a ultima linha aberta da defesa negras.

16...Cxb8 17.Td8#

Xeque Mate!!!

Morphy ganhou este jogo de forma convincente porque esforçou-se em criar uma nova ameaça a cada movimento, assim como, uma pressão constante e obrigando o seu oponente a resolver problemas táticos. Morphy pegou rapidamente a iniciativa com a pressão contra o peão negro de e5, e em seguida trocou a sua atenção pelo desenvolvimento rapido com a ajuda da pressão contra os peões de f7 e b7. Morphy continuou a construção da pressão com um jogo ativo e reagindo à tentativa das negras de equilibrar o jogo com 9...b5? explorando sua vantagem no desenvolvimento com 10.Nxb5! Morphy concluiu o jogo com precisão lógica, trazendo cada uma das peças a participar no ataque o que levou a um belo xeque mate.

O Mate das Ombreiras (Xeques Mates Famosos)

Uma ombreira é a parte do vestuário correspondente aos ombros dos uniformes. Na foto acima podemos ver as “ombreiras” do uniforme – peças douradas com franjas.

O XEQUE MATE DAS OMBREIRAS, em sua definição mais ampla, é aquele em que as casas de fuga do dos dois lados do Rei que está sob ataque estão ocupadas por peças/peões da mesma cor que o Rei, portanto, impedindo a sua fuga. É como se o Rei representasse a “cabeça” do exército e as peças que o escoltam fossem os seus “ombros”. 

O mais comum é o Rei atrapalhado por suas duas Torres, como visto no diagrama abaixo:

Os exemplos a seguir mostram casos práticos do xeque mate das ombreiras.
   1) No primeiro exemplo, diagrama abaixo, temos uma posição da partida Van Wely x Morozevich, jogada no torneio de Wijk aan Zee em 2001, onde o jogador com as brancas abandonou a partida depois de cair em um inevitável xeque das ombreiras.
A partida foi assim: 1.d4 d5 2.c4 c6 3.Nf3 Nf6 4.Nc3 dxc4 5.a4 c5 6.d5 Bf5 7.e3 e6 8.Bxc4 exd5 9.Nxd5 Nc6 10.Qb3 Qd7 11.Nxf6+ gxf6 12.Bd2 Rg8 13.Bc3 O-O-O 14.Bxf7 Rxg2 15.Nh4 Ne5 16.Nxf5 Nd3+ 17.Kf1 Rxf2+ 18.Kg1 Kb8 19.Qe6 Rxf5 20.h4 Bd6 21.Rf1 (e as brancas "usam" as Torres como "ombreiras" do Rei... ver diagrama abaixo) 

e as negras venceram assim: 21...Rg8+ 22.Bxg8 Qg7 (o xeque mate de ombreiras) 0-1

   2) No segundo exemplo, diagrama abaixo, temos uma posição da partida Carlsen x Ernst, jogada no torneio de Wijk aan Zee em 2004. Nesta época Magnus Carlsencon tinha 13 anos e conseguiu aplicar o chamado xeque mate das ombreiras contra Sipke Ernst.
A partida foi assim: 1.e4 c6 2.d4 d5 3.Nc3 dxe4 4.Nxe4 Bf5 5.Ng3 Bg6 6.h4 h6 7.Nf3 Nd7 8.h5 Bh7 9.Bd3 Bxd3 10.Qxd3 e6 11.Bf4 Ngf6 12.O-O-O Be7 13.Ne4 Qa5 14.Kb1 O-O 15.Nxf6+ Nxf6 16.Ne5 Rad8 17.Qe2 c5 18.Ng6 fxg6 19.Qxe6+ Kh8 20.hxg6 Ng8 21.Bxh6 gxh6 22.Rxh6+ Nxh6 23.Qxe7 Nf7 24.gxf7 Kg7 25.Rd3 Rd6 26.Rg3+ Rg6 27.Qe5+ Kxf7 28.Qf5+ Rf6 (e as negras "usam" as Torres como "ombreiras" do Rei... ver diagrama abaixo) 

29.Qd7 (e as brancas aplicam o xeque mate de ombreiras) 0-1

   3) No terceiro exemplo, diagrama abaixo, temos uma posição da partida Anand x Carlsen, jogada no MEMORIAL TAL – válido pelo Campeonato Mundial de Blitz do ano de 2009, quando Magnus Carlsen conquistou o titulo de Campeão Mundial de Xadrez da modalidade Blitz.
A partida foi assim: 1.d4 d5 2.c4 e6 3.Nc3 Be7 4.cxd5 exd5 5.Bf4 Nf6 6.e3 Bf5 7.h3 c6 8.Nf3 Nbd7 9.g4 Be4 10.Bg2 O-O 11.O-O Re8 12.Nxe4 Nxe4 13.Nd2 Nxd2 14.Qxd2 Nf8 15.b4 Ng6 16.Bg3 Bd6 17.Bxd6 Qxd6 18.Rab1 a6 19.a4 Nh4 20.b5 axb5 21.axb5 Qg6 22.bxc6 bxc6 23.Rfc1 h5 24.Qc2 Qg5 25.Qxc6 Nxg2 26.Kxg2 hxg4 27.h4 Qf5 28.Qd6 Qf3+ 29.Kg1 Ra2 30.Rf1 Rxe3 31.Qd8+ Kh7 32.Qg5 g3 33.Qxe3 gxf2+ 34.Qxf2 Rxf2 35.Rxf2 Qg4+ 36.Rg2 Qxd4+ 37.Kh1 Qe4 38.Rf1 f5 39.Kg1 d4 40.Rgf2 d3 41.h5 Qg4+ 42.Rg2 Qd4+ 43.Kh1 d2 44.Rgg1 f4 45.Kg2 Qe3 46.Rh1  (e as negras "usam" as Torres como "ombreiras" do Rei... ver diagrama abaixo)

46...Qg3+  (e as brancas aplicam o xeque mate de ombreiras) 0-1

O Mate do Candelabro (Xeques Mates Famosos)

O Candelabro é um xeque mate curioso que se caracteriza pela existência de duas peças que obstruem as duas casas angulares que, se não estivessem ocupadas, poderiam servir de “casas de fuga” para o Rei ameaçado.

Como podemos ver no diagrama acima, o nome MATE DO CANDELABRO vem do fato de que a distribuição das peças sobre o tabuleiro, como é possível observar no diagrama acima, lembram a figura de um candelabro.

Nota: neste xeque mate, a Dama é a peça encarregada de executar o xeque mate no Rei que se encontra bloqueado por suas próprias peças.

O Mate do candelabro pode aparecer facilmente na Defesa Philidor (1.e4 e5 2.Cf3 d6), quando as negras se descuidam e escolhem uma variante ruim e incorreta. Vejamos uma sequencia de lances em que seria possível chegar ao Mate do Candelabro. 

Após: 1.e4 e5 2.Cf3 d6 3.d4 exd4 4.Cxd4 Be7 5.Bc4 Cd7 6.Bxf7+ Rxf7

As brancas seguem com 7.Ne6! (Se 7... De8, após 8.Cxc7 as brancas têm uma clara vantagem)

Mas após 7...Kxe6 as brancas têm uma cilada mortal com 8.Qd5+ Kf6 9.Qf5 com a posição típica do Mate do Candelabro.

by José Luis Pérez

O Mate dos Árabes (Xeques Mates Famosos)

No tempo dos árabes, somente o Rei, o Cavalo e a Torre moviam-se tal qual no xadrez atual. Até que no século XV foram estabelecidos de forma definitiva os movimentos da Rainha e Bispo. É este o motivo pelo o qual este xeque mate que requer a ação coordenada do Cavalo e da Torre se denomina o MATE DOS ÁRABES. 

É importante ressaltar que este tipo de mate aparece com alguma freqüência nos finais de Torre e Cavalo. No diagrama acima podemos ver uma posição simplificada do Mate dos Árabes.

No diagrama abaixo podemos ver um exercício de xadrez que usa esse xeque mate como ideia combinatória. 

A solução do exercício é: 1.TC8 +, desviando a defesa do Bispo e permitindo a execução do Mate dos Árabes da seguinte forma: 1... Bxf8 2.Cc6 +  TA8 3.Txa7 + +.

by José Luis Pérez